Contrato de Criação de Trilha Sonora e Áudio para Jogos: Como o Músico Garante Royalties e Créditos

Você é compositor ou sound designer e foi contratado para um jogo? Entenda como um contrato com licença de sincronização garante sua justa remuneração.

A Dor do Músico: O Jogo é um Sucesso; a Trilha Sonora Também, Mas Você Não Ganha Nada

Para um compositor ou sound designer, criar a paisagem sonora de um jogo é um trabalho artístico profundo. A música e os efeitos de áudio ditam a emoção, a tensão e a imersão do jogador. O sonho de todo criativo de áudio é que o jogo seja um sucesso e que a trilha sonora (OST - Original Soundtrack) se torne icônica. O pesadelo surge quando isso acontece, mas o contrato assinado não previa esse sucesso.

Na prática, o músico se vê em uma situação frustrante: o jogo explode, a trilha sonora é aclamada, o publisher lança o álbum no Spotify e Apple Music, gerando milhões de streams, mas o compositor não recebe um centavo a mais. Ele descobre que o contrato que assinou era um "buyout" total (compra total) disfarçado, que o impedia de participar dos lucros gerados pela sua música fora do jogo. Ele se sente explorado, vendo sua obra gerar receita da qual ele não participa.


Seus Direitos: A Lei de Direitos Autorais e a Negociação Inteligente

A legislação brasileira, através da Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98), protege o compositor. A música é uma obra autoral, e o músico detém os direitos morais (de ser creditado) e os patrimoniais (de explorar economicamente). Para usar essa música em um jogo, o estúdio precisa de uma licença específica.

O contrato ideal para o músico não é uma "cessão total", mas um Contrato de Licenciamento de Sincronização combinado com um Contrato de Prestação de Serviços. Este é um contrato híbrido e inteligente que beneficia ambas as partes:






Os Riscos de Um Contrato Genérico: Perda de Receita Futura e de Autoria

Assinar um contrato padrão de "prestação de serviços" ou um Work for Hire genérico é o maior risco para um músico. O perigo é perder totalmente o direito aos royales de streaming da trilha sonora. Você pode ver sua música gerando milhões em plataformas digitais e não receber nada por isso. Além disso, um contrato fraco pode até mesmo negligenciar seus créditos, diminuindo sua visibilidade profissional.


O Músico/Sound Designer e o Especialista: A Parceria pela Valorização da Arte

Compositores, sound designers, bandas e qualquer profissional de áudio que cria trilhas para jogos são os maiores beneficiados. Esse contrato é a ferramenta que reconhece o valor da música como um ativo separado do jogo.

O advogado especializado em Propriedade Intelectual e Direito do Entretenimento é o profissional que entende essa dupla natureza da música (serviço + obra autoral). Ele saberá redigir um contrato que proteja seus direitos de autor, garanta sua participação nos lucros futuros e ofereça opções claras de buyout para o estúdio.


O Momento Certo para Agir: Antes de Compor a Primeira Nota

O contrato deve ser negociado e assinado antes do início da composição. É nesse momento que você tem o maior poder de barganha. Se você compuser a música e só depois discutir o contrato, o estúdio estará em posição de vantagem para impor um buyout total por um valor baixo.


Sua Música, Seus Royalties: 

Nosso escritório é especializado em proteger os direitos de artistas e criadores no setor de games:


Conclusão:

Sua música não é apenas um "serviço"; é uma obra de arte que terá vida própria. Um contrato de trilha sonora inteligente, com licença de sincronização e divisão de royalties de streaming, é a ferramenta jurídica que garante que, quando o jogo e a trilha sonora fizerem sucesso, você seja recompensado por ambos.

Não abra mão dos seus royalties. Valorize sua composição. Fale com nossos especialistas e garanta um contrato justo para sua música.


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